quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Então é Natal, e o que você fez?

O quão hipócrita é, pensar em um peru com tanta guerra e fome lá fora?
Os sinos badalam... é a máscara publicitária lhe fazendo esquecer dos deveres que ela insiste em dizer que não, mas, que são seus –nossos- sim, matar a fome do nosso irmão não é questão de caridade, é obrigação mesmo. Quantas crianças carregam armas mais pesadas que elas mesmas, e você hoje segura levemente em sua caneta aurora para assinar contratos milionários?
Quantos pais vêem seus filhos chorarem de fome, pelo leite que acabou a semanas... e quantos não vêem seus filhos brigarem pela vaidosa escolha da sobremesa pós refeição?
Onde se embriagou o amor ao próximo que vive de ressaca, alucinado em badalos publicitários? Badalos estes enganosos, escabrosos. Então deixe a brisa leve tocar seu rosto, esqueça o som do que lhe mente, só ouça a brisa que lhe trará verdades, brisa que lhe colocará par a realidade.

Após a leitura, veja este vídeo : http://www.youtube.com/watch?v=fvNRHrKyaX4&feature=related

11 comentários:

  1. Realmente... A sensação de "amor" que algumas pessoas têm meio a suas ceias de natal soa ser um tanto egoítsta. Mas há pessoas que ainda não conseguem ou não puderam ver além de si mesmas e não nos resta, senão o perdão. Pois quem somo nós, para julgá-las más se fizemos a mesma coisa por tantos anos? ...O lance ruim, são as pessoas que têm o poder, tem o saber e usam somente para essa ceia anual. O mais irônico é eles quererem juntar uma familia sem amor, num jantar lindo, mas propriamente de interesses. Isso é hipocrisia. Isso não é natal.

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  2. O natal é apenas mais uma data simbólica criada pelo comérico e o varejo para garantirem o seu peru no fim do ano. Ou você acha mesmo que Jesus nasceu dia 25 de Dezembro logo quando as pessoas acabam de receber o seu 13º?
    O natal hoje em dia é tido como forma de arrecadar lucros e a partir disso criar uma idéia ilusória. Apesar de toda falsidade, e do espírito de consumismo, o clima do natal sempre me agradou. Essa época exala um cheiro de infância que me faz lembrar de tempos onde não existiam problemas, pelo menos não em minha cabeça, onde o dia do natal era realmente comemorado, onde era tão fácil acreditar nas pessoas e principalmente
    se deixar levar pelas crenças abstratas.
    Talvez somos criados acreditando na existência do bom velinho para não perdermos a fé de que realmente exista uma pessoa que faça algo de bom pela gente, nem que seja durante um dia do ano.
    Com o natal vem ano novo e fim de ano é sempre bom. E mesmo que seja ilusório temos a nítida sensação que podemos começar tudo de novo e esse ano e os outros não vão ser excessão.

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  4. Apenas como forma de se esclarecer alguns pontos: Concordo com o comentário sobre o natal ser uma data comercial, assim como a páscoa, o dia das mães, dos pais, disso, daquilo e tudo mais; entretanto, a comparação com o 13º salário não pode ser feita, pois não há correlação direita, mais sim indireta, visto que o 13º salario foi promulgado com a CLT que rege tais normas de trabalho, sendo este introduzido na sociedade de modo geral muito após à instauração do Natal, este não se trata de consequência daquele.
    Outro fato interessante é que de alguma maneira seríamos demasiadamente hipócritas se ficássemos falando mal do Natal, afinal todos tomam Coca-Cola, comem o perú, se matam nas sobremesas e adoram um "amigo-secreto", portanto pensem: até que ponto estamos ilesos às tentações natalinas incutidas em nossa cultura desde à infância?
    Natal assim como tantas outras datas festivas, copiadas pela Igreja Católica de outras religiões ou ceitas, serviram no passado, assim como hoje, como comércio e de se conseguir maior receita para a mesma, hoje apenas invertemos o destino da receita para as grandes multinacionais, nada mais.
    Fato é esta data se trata mais de um rito de passagem que nos serve como consolo, pela mesmice que vivemos no ano findado e como pseudo-motivação para o ano subsequente. Não se trata de quem é o vilão, mais como lidamos com toda a situação-problema. Não conseguimos nos alienar totalmente, pq de certa forma somos seres "Humanos" fadados à necessidade de sentimentos conflitantes, tais como: a esperança e a renovação. Ou vivemos uma ilusão consciente ou uma loucura alienante! Basta escolher.

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  5. “Poi ch’innalzai un poco più le ciglia,
    idi ’l maestro di color che sanno
    eder tra filosofica famiglia
    Tutti lo miran, tutti onor li fanno.”

    Dante Alighieri (1265-1321), A Divina Comédia, IV, 130-134.

    (Levantando um pouco os olhos/ Vi o mestre de todos os que sabem/ Cercado por filósofos./ Todos o miram, todos o honram)

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  6. A relação entre linguagem comum e consciência.

    EDUARDO DE ARAÚJO BENTO

    As linhas que se seguem dessa breve explicação sobre a relação entre linguagem habitual - por vezes considerada como uma linguagem soez, principalmente aos ditames considerados como plenamente eruditos -, e a consciência humana nos limites filosóficos de tradição platônica, ou até mesmo positivista, tentam por analisar a conexão que Merleau-Ponty explicitou em seu texto A prosa do mundo...

    http://benedictus-bosquejos.blogspot.com/

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  7. O Período Helenístico

    339 a.C.: conquista de Atenas por Filipe da Macedônia.
    334-323: a grande viagem de Alexandre Magno.
    Expansão do Helenismo.
    Mistura e Criação.

    Genos vs. Paidéia
    "Nossa cidade superou tanto aos demais homens em pensamento e oratória que seus discípulos chegaram a ser mestres de outros, e conseguiram que o nome de gregos se aplique não à raça (genos), mas à inteligência (dianóia), e que se chame gregos mais aos que participam de nossa educação (paidéia) que aos de nosso mesmo sangue."
    (Isócrates, Panegírico, 50)

    As Mutações da Filosofia
    O fim das póleis e suas consequências:
    A ruptura ontológica entre cidadão e indivíduo.
    O que é ser um homem?

    O Cinismo
    Índice da mudança: crítica à especulação.
    Filosofia como prática, norma de conduta, cuidado-de-si para além da pólis.
    Enkratéia e Autarkéia: autocontrole e independência, os objetivos a serem alcançados.
    Derivação do socratismo.

    Antístenes
    “Basta a firmeza de caráter (enkratéia) de Sócrates para se alcançar a virtude” (Antístenes)
    Elogio da fadiga, do trabalho.
    Crítica aos prazeres: eles impedem a autarkéia.

    Diógenes de Sinope
    Diógenes: “o cão”.
    “Em busca de um homem honesto”

    “Cosmopolites”
    Cosmopolitismo: uma idéia nova.
    Absoluta independência = absoluta indiferença
    O mundo em um barril.

    Filosofia na prática
    Domínio-de-si: propósito da Filosofia.

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  8. O Estoicismo
    Zenão de Cítio (335-263)
    Herdeiro dos Cínicos.
    Escola do Pórtico (Stoá), por volta de 300 a.C.

    Os Três Ramos do Saber
    A Lógica, a Física, a Ética.
    Especulação: propósito prático e ético.

    A Lógica
    Justificar empiricamente o conhecimento.
    Os objetos externos causam impressões nos sentidos, de onde derivam representações na alma.

    Mas não basta sentir…
    …é preciso assentir:
    O lógos, a razão, precisa atribuir assentimento, aprovação a essa sensação.
    Aposta na possibilidade de uma experiência clara da realidade, que nos dê, por força da evidência, a compreensão.
    Relação de similitude entre a alma que compreende e o mundo que é compreendido: materialismo e imanência.

    A Física
    Materialismo (fundamento da teoria do conhecimento).
    Tudo é corpo, mesmo a alma e Deus.
    Qualidades morais: estados físicos da alma.
    Panteísmo: Deus é o mundo, é uma força ativa que penetra a matéria (sendo também matéria) e a faz mover-se e viver.

    Deus como Lógos
    Monismo: o Todo é Deus, que é Lógos, a razão/causa/princípio.
    Lógos: o fogo de Heráclito, o pneuma de Anaxímenes.
    O Mundo como Organismo: tudo se corresponde, como em um corpo vivo.
    Teoria da Simpatia: correspondências.

    O Finalismo
    Se Deus é o Lógos, o Todo é racional, ou seja, perfeito.
    Se vemos algo como imperfeito ou ruim, é porque não compreendemos o Todo.
    A Providência (Pronóia): imanente, e não transcendente.
    Tudo o que há existe por um propósito racional.
    Não há acaso, mas necessidade e destino.

    A Ética Libertadora
    Princípio: a conservação da identidade racional.
    “Viver segundo a Razão”: de acordo com o Lógos que perspassa o cosmos e se identifica com ele.
    A razão humana: parte da razão universal. Divina.

    Bem e Mal
    O Bem é o vantajoso para esse propósito, o mal é o nocivo, prejudicial.
    Pautar a vida pela razão: objetivo da ética.
    “Utilitarismo”

    O corpo
    Não há, referentes ao corpo, o bem e o mal, do ponto de vista da moralidade.
    Tratam-se das coisas indiferentes:
    Adiáphora
    A vida, a morte, a beleza, a feiúra, a saúde, a doença…

    Valores físicos
    A saúde é um valor físico, mas não moral.
    A saúde do corpo: necessária para a vida ética, segundo a razão.
    Os prazeres: são secundários, e quase sempre prejudiciais ao exercício do lógos.

    A Política
    Universalismo: por natureza, o homem deseja preservar-se, e preservar aos outros.
    Panteísmo/monismo: Todos os homens são iguais, porque são igualmente a manifestação da divindade.
    Cosmo como organismo.
    Rompimento com a escravidão, o “etnocentrismo”.
    O homem, por natureza, é livre.

    Apatia
    As paixões: erros do lógos.
    Ligadas à imaginação (representações nascidas das impressões): equívocos sobre o que é bom ou mau.
    Não participam da natureza racional do mundo, mas são, sempre, excessos: a alegria ou a tristeza, de nada adiantam em um universo determinado, finalista e necessário.

    Apatia (apathéia)
    Extirpar as emoções:
    Uma vida segundo o lógos como a
    verdadeira felicidade.
    “Domina-te e suporta”

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  10. O Epicurismo
    Epicuro (341-270)
    306/307: abre sua escola, o “Jardim”.
    Contribuições, amizade, lealdade a Epicuro.
    Aberto a todos os que tivessem uma instrução básica: escravos, mulheres, jovens…
    Escola organizada em “células”.
    Herdeiro dos Cirenaicos.

    As Teses
    1) O Homem pode conhecer a realidade
    2) O Homem pode ser feliz
    3) A felicidade é a ausência de perturbação no espírito
    4) Só depende do Homem sua felicidade: não há necessidade de instituições, de riquezas, de fama, de honras para se ser feliz.

    A Doutrina
    Física: materialismo atomista, derivado do pensamento de Demócrito.
    Tudo se transforma continuamente, mas os átomos permanecem.
    Estudar a physis: exigência da ética.

    As Sensações
    Todo o conhecimento nos chega pelas sensações.
    Elas são verdadeiras: não existe sensação falsa, apenas opinião falsa.
    Não é possível negar realidade à sensação que nos alcança: ela é a prova de sua verdade.

    O Prazer e a Dor
    Critérios do Bem e do Mal.
    Não há como se enganar acerca do que é prazeroso e do que causa dor.

    Os átomos
    Componentes do real, junto do vazio (o intangível).
    Indivisíveis, caindo no espaço continuamente.

    O Clinámen
    Exigência ética, não física.
    Garantia da liberdade e da vida moral epicurista.
    É um desvio do movimento paralelo dos átomos, que dá origem aos mundos, aos seres e à alma…
    Consequências…

    A Alma
    Material, formada por átomos mais sutis, mas submetida a lei da dissolução.
    O Homem é mortal: raiz da tranquilidade da alma.

    A Ética
    Propósito da vida: o prazer.
    Prazer: definido antes em negativo do que em positivo.
    Ele é a ausência da dor física (aponia) e a ausência de perturbação na alma (ataraxia).

    “Quando dizemos, então, que o prazer é fim, não queremos referir-nos aos prazeres dos intemperantes ou aos produzidos pela sensualidade, como crêem certos ignorantes, que se encontram em desacordo conosco e não nos compreendem, mas ao prazer de nos acharmos livres de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma”
    (Epicuro)

    O Tetrapharmakon
    (1) Não há nada a temer quanto aos deuses;
    (2) Não há necessidade de temer a morte;
    (3) A Felicidade é possível;
    (4) Podemos escapar à dor.

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