O quão hipócrita é, pensar em um peru com tanta guerra e fome lá fora?
Os sinos badalam... é a máscara publicitária lhe fazendo esquecer dos deveres que ela insiste em dizer que não, mas, que são seus –nossos- sim, matar a fome do nosso irmão não é questão de caridade, é obrigação mesmo. Quantas crianças carregam armas mais pesadas que elas mesmas, e você hoje segura levemente em sua caneta aurora para assinar contratos milionários?
Quantos pais vêem seus filhos chorarem de fome, pelo leite que acabou a semanas... e quantos não vêem seus filhos brigarem pela vaidosa escolha da sobremesa pós refeição?
Onde se embriagou o amor ao próximo que vive de ressaca, alucinado em badalos publicitários? Badalos estes enganosos, escabrosos. Então deixe a brisa leve tocar seu rosto, esqueça o som do que lhe mente, só ouça a brisa que lhe trará verdades, brisa que lhe colocará par a realidade.
Após a leitura, veja este vídeo : http://www.youtube.com/watch?v=fvNRHrKyaX4&feature=related
Realmente... A sensação de "amor" que algumas pessoas têm meio a suas ceias de natal soa ser um tanto egoítsta. Mas há pessoas que ainda não conseguem ou não puderam ver além de si mesmas e não nos resta, senão o perdão. Pois quem somo nós, para julgá-las más se fizemos a mesma coisa por tantos anos? ...O lance ruim, são as pessoas que têm o poder, tem o saber e usam somente para essa ceia anual. O mais irônico é eles quererem juntar uma familia sem amor, num jantar lindo, mas propriamente de interesses. Isso é hipocrisia. Isso não é natal.
ResponderExcluirO natal é apenas mais uma data simbólica criada pelo comérico e o varejo para garantirem o seu peru no fim do ano. Ou você acha mesmo que Jesus nasceu dia 25 de Dezembro logo quando as pessoas acabam de receber o seu 13º?
ResponderExcluirO natal hoje em dia é tido como forma de arrecadar lucros e a partir disso criar uma idéia ilusória. Apesar de toda falsidade, e do espírito de consumismo, o clima do natal sempre me agradou. Essa época exala um cheiro de infância que me faz lembrar de tempos onde não existiam problemas, pelo menos não em minha cabeça, onde o dia do natal era realmente comemorado, onde era tão fácil acreditar nas pessoas e principalmente
se deixar levar pelas crenças abstratas.
Talvez somos criados acreditando na existência do bom velinho para não perdermos a fé de que realmente exista uma pessoa que faça algo de bom pela gente, nem que seja durante um dia do ano.
Com o natal vem ano novo e fim de ano é sempre bom. E mesmo que seja ilusório temos a nítida sensação que podemos começar tudo de novo e esse ano e os outros não vão ser excessão.
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ResponderExcluirApenas como forma de se esclarecer alguns pontos: Concordo com o comentário sobre o natal ser uma data comercial, assim como a páscoa, o dia das mães, dos pais, disso, daquilo e tudo mais; entretanto, a comparação com o 13º salário não pode ser feita, pois não há correlação direita, mais sim indireta, visto que o 13º salario foi promulgado com a CLT que rege tais normas de trabalho, sendo este introduzido na sociedade de modo geral muito após à instauração do Natal, este não se trata de consequência daquele.
ResponderExcluirOutro fato interessante é que de alguma maneira seríamos demasiadamente hipócritas se ficássemos falando mal do Natal, afinal todos tomam Coca-Cola, comem o perú, se matam nas sobremesas e adoram um "amigo-secreto", portanto pensem: até que ponto estamos ilesos às tentações natalinas incutidas em nossa cultura desde à infância?
Natal assim como tantas outras datas festivas, copiadas pela Igreja Católica de outras religiões ou ceitas, serviram no passado, assim como hoje, como comércio e de se conseguir maior receita para a mesma, hoje apenas invertemos o destino da receita para as grandes multinacionais, nada mais.
Fato é esta data se trata mais de um rito de passagem que nos serve como consolo, pela mesmice que vivemos no ano findado e como pseudo-motivação para o ano subsequente. Não se trata de quem é o vilão, mais como lidamos com toda a situação-problema. Não conseguimos nos alienar totalmente, pq de certa forma somos seres "Humanos" fadados à necessidade de sentimentos conflitantes, tais como: a esperança e a renovação. Ou vivemos uma ilusão consciente ou uma loucura alienante! Basta escolher.
Natal? O que é isso?
ResponderExcluir“Poi ch’innalzai un poco più le ciglia,
ResponderExcluiridi ’l maestro di color che sanno
eder tra filosofica famiglia
Tutti lo miran, tutti onor li fanno.”
Dante Alighieri (1265-1321), A Divina Comédia, IV, 130-134.
(Levantando um pouco os olhos/ Vi o mestre de todos os que sabem/ Cercado por filósofos./ Todos o miram, todos o honram)
A relação entre linguagem comum e consciência.
ResponderExcluirEDUARDO DE ARAÚJO BENTO
As linhas que se seguem dessa breve explicação sobre a relação entre linguagem habitual - por vezes considerada como uma linguagem soez, principalmente aos ditames considerados como plenamente eruditos -, e a consciência humana nos limites filosóficos de tradição platônica, ou até mesmo positivista, tentam por analisar a conexão que Merleau-Ponty explicitou em seu texto A prosa do mundo...
http://benedictus-bosquejos.blogspot.com/
O Período Helenístico
ResponderExcluir339 a.C.: conquista de Atenas por Filipe da Macedônia.
334-323: a grande viagem de Alexandre Magno.
Expansão do Helenismo.
Mistura e Criação.
Genos vs. Paidéia
"Nossa cidade superou tanto aos demais homens em pensamento e oratória que seus discípulos chegaram a ser mestres de outros, e conseguiram que o nome de gregos se aplique não à raça (genos), mas à inteligência (dianóia), e que se chame gregos mais aos que participam de nossa educação (paidéia) que aos de nosso mesmo sangue."
(Isócrates, Panegírico, 50)
As Mutações da Filosofia
O fim das póleis e suas consequências:
A ruptura ontológica entre cidadão e indivíduo.
O que é ser um homem?
O Cinismo
Índice da mudança: crítica à especulação.
Filosofia como prática, norma de conduta, cuidado-de-si para além da pólis.
Enkratéia e Autarkéia: autocontrole e independência, os objetivos a serem alcançados.
Derivação do socratismo.
Antístenes
“Basta a firmeza de caráter (enkratéia) de Sócrates para se alcançar a virtude” (Antístenes)
Elogio da fadiga, do trabalho.
Crítica aos prazeres: eles impedem a autarkéia.
Diógenes de Sinope
Diógenes: “o cão”.
“Em busca de um homem honesto”
“Cosmopolites”
Cosmopolitismo: uma idéia nova.
Absoluta independência = absoluta indiferença
O mundo em um barril.
Filosofia na prática
Domínio-de-si: propósito da Filosofia.
O Estoicismo
ResponderExcluirZenão de Cítio (335-263)
Herdeiro dos Cínicos.
Escola do Pórtico (Stoá), por volta de 300 a.C.
Os Três Ramos do Saber
A Lógica, a Física, a Ética.
Especulação: propósito prático e ético.
A Lógica
Justificar empiricamente o conhecimento.
Os objetos externos causam impressões nos sentidos, de onde derivam representações na alma.
Mas não basta sentir…
…é preciso assentir:
O lógos, a razão, precisa atribuir assentimento, aprovação a essa sensação.
Aposta na possibilidade de uma experiência clara da realidade, que nos dê, por força da evidência, a compreensão.
Relação de similitude entre a alma que compreende e o mundo que é compreendido: materialismo e imanência.
A Física
Materialismo (fundamento da teoria do conhecimento).
Tudo é corpo, mesmo a alma e Deus.
Qualidades morais: estados físicos da alma.
Panteísmo: Deus é o mundo, é uma força ativa que penetra a matéria (sendo também matéria) e a faz mover-se e viver.
Deus como Lógos
Monismo: o Todo é Deus, que é Lógos, a razão/causa/princípio.
Lógos: o fogo de Heráclito, o pneuma de Anaxímenes.
O Mundo como Organismo: tudo se corresponde, como em um corpo vivo.
Teoria da Simpatia: correspondências.
O Finalismo
Se Deus é o Lógos, o Todo é racional, ou seja, perfeito.
Se vemos algo como imperfeito ou ruim, é porque não compreendemos o Todo.
A Providência (Pronóia): imanente, e não transcendente.
Tudo o que há existe por um propósito racional.
Não há acaso, mas necessidade e destino.
A Ética Libertadora
Princípio: a conservação da identidade racional.
“Viver segundo a Razão”: de acordo com o Lógos que perspassa o cosmos e se identifica com ele.
A razão humana: parte da razão universal. Divina.
Bem e Mal
O Bem é o vantajoso para esse propósito, o mal é o nocivo, prejudicial.
Pautar a vida pela razão: objetivo da ética.
“Utilitarismo”
O corpo
Não há, referentes ao corpo, o bem e o mal, do ponto de vista da moralidade.
Tratam-se das coisas indiferentes:
Adiáphora
A vida, a morte, a beleza, a feiúra, a saúde, a doença…
Valores físicos
A saúde é um valor físico, mas não moral.
A saúde do corpo: necessária para a vida ética, segundo a razão.
Os prazeres: são secundários, e quase sempre prejudiciais ao exercício do lógos.
A Política
Universalismo: por natureza, o homem deseja preservar-se, e preservar aos outros.
Panteísmo/monismo: Todos os homens são iguais, porque são igualmente a manifestação da divindade.
Cosmo como organismo.
Rompimento com a escravidão, o “etnocentrismo”.
O homem, por natureza, é livre.
Apatia
As paixões: erros do lógos.
Ligadas à imaginação (representações nascidas das impressões): equívocos sobre o que é bom ou mau.
Não participam da natureza racional do mundo, mas são, sempre, excessos: a alegria ou a tristeza, de nada adiantam em um universo determinado, finalista e necessário.
Apatia (apathéia)
Extirpar as emoções:
Uma vida segundo o lógos como a
verdadeira felicidade.
“Domina-te e suporta”
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ResponderExcluirO Epicurismo
ResponderExcluirEpicuro (341-270)
306/307: abre sua escola, o “Jardim”.
Contribuições, amizade, lealdade a Epicuro.
Aberto a todos os que tivessem uma instrução básica: escravos, mulheres, jovens…
Escola organizada em “células”.
Herdeiro dos Cirenaicos.
As Teses
1) O Homem pode conhecer a realidade
2) O Homem pode ser feliz
3) A felicidade é a ausência de perturbação no espírito
4) Só depende do Homem sua felicidade: não há necessidade de instituições, de riquezas, de fama, de honras para se ser feliz.
A Doutrina
Física: materialismo atomista, derivado do pensamento de Demócrito.
Tudo se transforma continuamente, mas os átomos permanecem.
Estudar a physis: exigência da ética.
As Sensações
Todo o conhecimento nos chega pelas sensações.
Elas são verdadeiras: não existe sensação falsa, apenas opinião falsa.
Não é possível negar realidade à sensação que nos alcança: ela é a prova de sua verdade.
O Prazer e a Dor
Critérios do Bem e do Mal.
Não há como se enganar acerca do que é prazeroso e do que causa dor.
Os átomos
Componentes do real, junto do vazio (o intangível).
Indivisíveis, caindo no espaço continuamente.
O Clinámen
Exigência ética, não física.
Garantia da liberdade e da vida moral epicurista.
É um desvio do movimento paralelo dos átomos, que dá origem aos mundos, aos seres e à alma…
Consequências…
A Alma
Material, formada por átomos mais sutis, mas submetida a lei da dissolução.
O Homem é mortal: raiz da tranquilidade da alma.
A Ética
Propósito da vida: o prazer.
Prazer: definido antes em negativo do que em positivo.
Ele é a ausência da dor física (aponia) e a ausência de perturbação na alma (ataraxia).
“Quando dizemos, então, que o prazer é fim, não queremos referir-nos aos prazeres dos intemperantes ou aos produzidos pela sensualidade, como crêem certos ignorantes, que se encontram em desacordo conosco e não nos compreendem, mas ao prazer de nos acharmos livres de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma”
(Epicuro)
O Tetrapharmakon
(1) Não há nada a temer quanto aos deuses;
(2) Não há necessidade de temer a morte;
(3) A Felicidade é possível;
(4) Podemos escapar à dor.